EMENTA
A presente proposta de
Formação Continuada (FC) visa às discussões voltadas ao desempenho de alunos do
ensino fundamental – anos iniciais e anos finais –, baseando-nos nas escalas de proficiência de
Língua Portuguesa e de Matemática. Discussões nesse tocante se
fazem necessárias tendo em vista o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(IDEB/INEP/MEC), cuja última avaliação se deu em 2015, e fora tomada como
medida para contemplação da política de meritocracia da Rede Estadual de Ensino
de Alagoas – SEE/AL, por meio do Prêmio de Qualidade de Educação Municipal
Professor Ib Gatto Falcão.
Com base nisso, vimos
observando que os desafios estão sendo postos vislumbrando-se que haja uma ação
articulada entre os agentes que integram as instituições de ensino a partir de
um trabalho voltado à correção do fluxo, à promoção escolar – COM QUALIDADE – e
ao desempenho dos alunos nas chamadas provas de larga escala, a exemplo da Prova Brasil. É bem verdade que para
2017, como para todos os anos, urge a necessidade de um trabalho de acompanhamento
mais monitorado no que tange ao processo de ensino-aprendizagem dos nossos
alunos e com base nos descritores dos supramencionados componentes curriculares
– e para além destes.
O que temos observado
(CAVALCANTI, 2016) é que os alunos estão chegando aos anos finais do ensino sem
ter adquirido instrumentais necessários à desenvoltura razoável em leitura,
escritura e cálculo nessa etapa que julgamos tão essencial ao desenvolvimento do
seu letramento escolar/acadêmico para as etapas futuras. Pesquisas e discussões
nesse âmbito têm apontado para algumas das possíveis causas, sobretudo no
contexto alagoano, para o baixo desempenho de nossas crianças e jovens nessas
avaliações.
Como bem sabemos, a FC é uma
possibilidade de retomada de discussões anteriormente vistas na esfera
acadêmica e, por vezes, pouco internalizadas à efetivação de nossas práticas
docentes; bem como a oportunidade de, com base num espaço democrático de
reflexividade, aprendermos novas metodologias de ensino (técnicas) vislumbrando
um melhor desempenho de atuação docente e, por extensão, discente. O que passa
a ser consensual, nesse sentido, é o imperativo de estarmos constantemente
ressignificando o nosso fazer pedagógico em sala de aula para que os nossos
alunos, independentemente das “cobranças” oriundas das avaliações de larga
escala, possam ser levados a uma melhor atuação cidadã em suas práticas sociais
diversas, incluindo aquelas que estão presentes na escola, como agência
legítima de letramento formal.
Portanto, acreditamos que para
obtenção de tal feito é imprescindível que os professores – de todos os
componentes curriculares – sejam levados a perseverar na importância de formar
sujeitos leitores e produtores de textos (gêneros textuais diversos) numa
perspectiva ampla e multifacetada (interdisciplinar), levando-lhes, inclusive,
a perceber a Língua Portuguesa e a Matemática inseridas nos demais componentes
curriculares.
Prof.Dr. Ricardo Jorge.
CARGA HORÁRIA TOTAL: 100 h/a –voltadas às discussões
específicas de Língua Portuguesa e Matemática além da aplicação, correção e
tabulação de simulados.
OBJETIVOS
·
GERAIS
Discutir,
com base nos escores das últimas avaliações de larga escala (IDEB/INEP/MEC -
2015), metodologias voltadas a um trabalho de melhor desempenho docente.
·
ESPECÍFICOS
-
Reconhecer os descritores de Língua Portuguesa e Matemática do IDEB dispostos
para o trabalho em sala de aula;
-
Retomar conceitos voltados às discussões inseridas nos pressupostos
teórico-metodológicos de leitura
(gêneros e tipos textuais; estratégias cognitivas e metacognitivas de leitura,
entre outros);
- Analisar o movimento conceitual na matemática para melhor
compreendê-la e, também, para propor situações de aprendizagem aos alunos;
-
Eleger instrumentos de monitoramento ao longo do ano letivo de 2017 a fim de
possibilitar aos alunos uma melhor desenvoltura nas provas de larga escala.
METODOLOGIA
Metodologia
de base quantiqualitativa, fazendo-se valer de material apostilado (fotocópias),
data-show para apresentação de slides na perspectiva de mediação expositivo-dialogada,
análise de dados, eleição de instrumentos (simulados) para acompanhamento do
desempenho discente; além da retomada de discussões acadêmico-científicas.
REFERÊNCIAS
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Mikhail (Voloshínov). Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN, Mikhail. Estética
da criação verbal. São
Paulo: Martins Fontes, 2003.
BRASIL.
Ministério da Educação; Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio
Teixeira; Diretoria de Avaliação para Certificação de Competências. Matrizes
Curriculares de Referência para o SAEB. (1997). Brasília: MEC/Inep/Daeb, 2000.
CAVALCANTI,
Ricardo Jorge de Sousa. Análise
textual-argumentativa de processos de retextualização: um cotejo entre a
produção oral e escrita de alunos recém-chegados ao curso médio integrado e ao
PROEJA. Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da
Universidade Federal de Alagoas. Maceió: 2016.
KLEIMAN,
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Marildes; CARVALHO, Gilcinei T. Culturas escrita e letramento. Belo
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SOARES,
Magda. Letramento: um tema me três gêneros. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica,
2005.